
Não é a toa que a ilha tem esse nome: ela é praticamente um fruto do aquecimento global. O local estava completamente coberto por gelo, e ligado ao território da Groenlândia. Com o fenômeno das mudanças climáticas, o gelo começou a derreter, separando a ilha do resto do país.
A Uunartoq Qeqertaq deve ser a primeira de muitas ilhas a surgir na região. Segundo o mapeamento do atlas, nos últimos 12 anos a Groenlândia já perdeu 15% de seu território, cerca de 300 mil km2 de cobertura de gelo – uma área do tamanho do Reino Unido. “Ao longo das últimas décadas, as atividades humanas e os efeitos das mudanças climáticas forçaram os cartógrafos do atlas a não só ‘apagar’ a cobertura de gelo, mas também a encolher mares e redesenhar rios”, explica Jethro Lennox, editor do Atlas.
Junto com a nova ilha, o atlas também apresenta novas mudanças geográficas causadas pelas mudanças climáticas. A Antártida continua perdendo gelo, assim como alguns lagos estão ficando mais secos; o nível do Mar Morto diminuiu 12 metros nos últimos 12 anos; o Mar de Aral, na Ásia Central, diminuiu 75% desde 1967, e só voltou a aumentar após o governo do Cazaquistão redirecionar água para a região; e muitos rios estão secando no mundo, como o rio Colorado, nos Estados Unidos, e o rio Ongyin Gol, na Mongólia.
Fonte: Revista Época
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