domingo, 26 de junho de 2011

Porque os assentamentos atraem madeireiros e carvoeiros ilegais


A sucessão de mortes no Pará mostra que há algo errado na estratégia de assentamentos extrativistas na Amazônia. Os assentados são jogados em áreas ricas em madeiras preciosas para madeireiras clandestinas e para carvoarias. Não têm assistência técnica nem financiamento adequado para desenvolverem atividades que geram renda e conservam as florestas. Não tem segurança também. Acabam nas mãos das serrarias. Os que resistem, são ameaçados. Em alguns casos, mortos.

A taxa de desmatamento dentro dos assentamentos é quatro vezes superior à taxa média da Amazônia. Um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), feito com assentamentos criados de 1997 a 2002, mostra que a média de destruição em 43% das áreas monitoradas foi de 75%. Um índice quase quatro vezes maior que os 20% permitidos por lei. “A falta de infra-estrutura nos assentamentos leva à devastação”, afirma Paulo Barreto, do Imazon. Dados do Incra mostram que apenas 30% dos assentamentos na Amazônia recebem investimentos como estradas, escolas e saúde. O restante das famílias vive abandonado na mata. A maioria em áreas de conflito, ameaçada por madeireiros ilegais e ladrões de terras.

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