quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Compra de caças

O Comando da Aeronáutica informou, por nota oficial, que a comissão encarregada de analisar as propostas do programa FX-2, de renovação da frota da FAB, decidiu adiar de ontem (21/09) para o dia 2 de outubro o prazo para que as empresas finalistas melhorem suas ofertas.

Concorrem o francês Rafale, da Dassault, o norte-americano F-18 Super Hornet, da Boeing, e o sueco Gripen NG, da Saab. Todas as três decidiram rever suas ofertas originais nos itens preço, condições de pagamento e compensações para a indústria nacional. (Trecho de reportagem publicada na Folha, em 22 de setembro de 2009)

Sobre a compra de submarinos, helicópteros e caças para as Forças Armadas do Brasil, considere as seguintes afirmações:

(I) Segundo o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a aquisição de novos equipamentos está condicionada à transferência de tecnologia, fator que evidencia a intenção do governo de num futuro próximo desenvolver no Brasil uma política industrial na área militar.

(II) O acordo diplomático entre Brasil e França ultrapassa os limites da parceria militar, pois, segundo especialistas, ao buscar uma aproximação com Paris, em detrimento dos EUA, Brasília sinaliza para o afastamento do eixo Norte-Sul e o fortalecimento do intercâmbio econômico, político e social com a Europa.

(III) Nicolas Sarkozy, presidente da França, ao consolidar a parceria com o Brasil, não está interessado apenas no crescimento do comércio bilateral -que superou os US$ 8 bilhões em 2008-, mas almeja fortalecer ainda mais a sua presença militar nesta parte da América Latina.

(IV) Do ponto de vista diplomático, o Brasil busca, através dessa aproximação com Paris, um aliado importante no cenário internacional, pois a França -que é membro do G4, países que lutam pelo fim dos subsídios na OMC- defenderá nos fóruns internacionais o ingresso do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

(V) O Brasil, que optou pelo fortalecimento do Mercosul, recusando a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) em parceria com os EUA, agora critica a ampliação do acordo EUA-Colômbia, que em tese contribui para a ampliação da presença militar norte-americana na América do Sul.

As alternativas corretas são:

a. II, III e V

b. I, II e V

c. I, II e IV

d. II e IV

e. Todas as afirmações são verdadeiras.

Resposta:

Item I - Alternativa correta

Item II - Alternativa correta.

Item III - Alternativa incorreta. Nicolas Sarkozy, presidente da França, pretende consolidar a parceria com o Brasil porque está interessado em consolidar o comércio bilateral e também em ampliar as relações econômicas com os demais países da região. Não há nenhuma evidência de que o acordo firmado com o Brasil seja de ordem militar e também que exista por parte da França a intenção de ampliar a sua presença militar na América do Sul.

Item IV - Alternativa incorreta. Realmente, do ponto de vista diplomático, o Brasil busca, através dessa aproximação com Paris, um aliado importante no cenário internacional, pois a França é membro permanente no CS (Conselho de Segurança) das Nações Unidas. Destaque-se também que a França se manifestou favoravelmente à reforma do CS, o que poderia viabilizar o ingresso do Brasil como membro permanente. O G4 é composto por Brasil, Índia, Alemanha e Japão, países que defendem uma reforma no CS das Nações Unidas.

Item V - Alternativa correta.

Nenhum comentário: