quinta-feira, 15 de julho de 2010

Por que as mudanças climáticas causam chuvas mais fortes

As chuvas fora do padrão que têm feito vítimas no Brasil (e no mundo) nos últimos tempos podem estar relacionadas às mudanças climáticas. É o que sugerem algum cientistas. Os especialistas em clima no Brasil hesitam em dizer que as chuvas torrenciais que caíram no Nordeste já sejam efeito do aquecimento global. Mas alguns cientistas fazem essa associação.

As tempestades que caíram na região entre não tiveram precedentes, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Caruaru, no dia 18, caíram 142,2 mm de chuva. O recorde, de 1966, era de 89,2 mm. Em Garanhuns, foi ainda mais inédito. A maior chuva da história tinha sido de 50 mm, em 1975. No mesmo dia 18 deste junho, os céus despejaram surpreendentes 84,2 mm de água. E no dia seguinte, outro recorde: 92,8 mm.

No dia 25 de junho, caíram 600 mm de chuva em Huilai, na China, em apenas seis horas. A maior tempestade em pelo menos uma década.

Por que isso tem a ver com o aquecimento da Terra. Quem explica é Kevin Trenberth, diretor do departamento de análise do clima do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, dos Estados Unidos. Segundo ele, o aquecimento global faz diferença nas chuvas por que a temperatura elevada aumenta a evaporação e a umidade média do ar na Terra. Agora estamos com mais vapor d’água na atmosfera do que há 30 anos. Segundo ele, 4% a mais de vapor. “Isso dá mais força às tempestades”, diz Trenberth. “É uma pena que o público não esteja associando as duas coisas. E as perspectivas são de que esses eventos fiquem maiores e piores no futuro”.

(Alexandre Mansur)

Fonte: Época - Blog do Planeta

Um comentário:

Anônimo disse...

QUEM INTERESSA SABER O QUE A SOCIDADE PENSA?
O que os capixabas pensam sobre Mudanças Climáticas?

De modo a conhecer o perfil de percepção ambiental da sociedade frente à problemática (causas, efeitos, prós e contras) das Mudanças Climáticas, tendo como base a Região da Grande Vitória, ES - municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica - o Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA (grupo sem fins lucrativos), desenvolveu uma pesquisa (35 aspectos abordados) com 960 pessoas (+ - 3% de erro e 95% de intervalo de confiança), com o apoio da Brasitália Mineração Espírito Santense.

Metade dos entrevistados foi de pessoas com formação católica e, os demais, evangélica. Apesar de a amostra ter sido constituída dessa forma o objetivo da pesquisa não visa individualizar os resultados para cada segmento religioso em questão. Em um segundo estágio da análise dos dados (banco de dados do SPSS) isso ocorrerá, quando serão explicitadas diferenças de percepção ambiental dos dois grupos – católicos e evangélicos – mas sem nominar a origem de formação religiosa dos membros da amostra.

Os entrevistados admitem ler regularmente jornais e revistas (48,1%), assistem TV (58,3%), não participam de Audiências Públicas convocadas pelos órgãos normativos de controle ambiental (88,9%), bem como de atividades ligadas ao Meio Ambiente junto às comunidades (não – 43,2% / não, mas gostaria – 39,7%), apresentam um reduzido conhecimento das ONGs ambientalistas (4,9%), não acessam (72,8%) sites ligados à temática ambiental (19,1% não tem acesso a computador), além de indicarem o baixo desempenho das lideranças comunitárias no trato das questões ambientais (29,2% / sendo que 40,0% admitem não conhecer as lideranças de suas comunidades), e admitem interesse por temas ligados à temática ambiental (42,3% / 44,2% apenas às vezes).

Admitem conhecer termos (não verificada a profundidade do conhecimento assumido) como biodiversidade (63,6%), Metano (51,7%), Efeito Estufa (81,3%), Mudanças Climáticas (84,7%), Crédito de Carbono (26,0%), Chuva Ácida (57,8%), Agenda 21 (16,5%), Gás Carbônico (60,9%), Clorofuorcarbonos (36,6%), Aquecimento Global (85,4%), bicombustíveis (74,1%), Camada de Ozônio (74,3%) e Desenvolvimento Sustentável (69,5%), com 70,0% do grupo relacionando às atividades humanas às Mudanças Climáticas e que a mídia divulga muito pouco os temas relacionados ao meio ambiente (44,2%), apesar da importância do tema.

A ação do Poder Público em relação ao meio ambiente é considerada fraca (48,2%) ou muito fraca (30,2%), os assuntos ligados à temática ambiental são pouco discutidos no âmbito das famílias (60,1% / 15,5% admitem nunca serem discutidos), enquanto a adoção da prática da Coleta Seletiva só será adotada pela sociedade se for através de uma obrigação legal (34,3%) e que espontaneamente apenas 35,7% adotariam o sistema. Indicam que os mais consumos de água são o “abastecimento público” (30,3%), seguido das “indústrias” (22,9%) e só depois a “agricultura” (10,7%), percepção inversa a realidade.

Em análises em andamento, os resultados da pesquisa serão correlacionados com variáveis como “idade”, “gênero”, “nível de instrução”, “nível salarial”, “município de origem”, entre outras, contexto que irá enriquecer muito a consolidação final dos resultados, aspectos de grande importância para os gestores públicos e privados que poderão, tendo como base uma pesquisa pioneira no ES, definir ações preventivas e corretivas voltadas ao processo de aprimoramento da conscientização ambiental da sociedade.

É importante explicitar que, com o apoio do NEPA, está pesquisa já está sendo iniciada em outras capitais. O grupo está aberto a realizar parcerias.




Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
COEMA – CNI
CONSUMA – FINDES
COMARH - FAES
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
roosevelt@ebrnet.com.br