O mundo ganhou uma nova ilha, e ela atende pelo nome de Uunartoq Qeqertaq. O nome significa “Ilha do aquecimento” em inuíte, a língua dos esquimós, e pela primeira vez foi mapeada e catalogada em um atlas, o The Times Comprehensive Atlas of the World, que teve nova edição lançada nesta quinta-feira (15).
Não é a toa que a ilha tem esse nome: ela é praticamente um fruto do aquecimento global. O local estava completamente coberto por gelo, e ligado ao território da Groenlândia. Com o fenômeno das mudanças climáticas, o gelo começou a derreter, separando a ilha do resto do país.
A Uunartoq Qeqertaq deve ser a primeira de muitas ilhas a surgir na região. Segundo o mapeamento do atlas, nos últimos 12 anos a Groenlândia já perdeu 15% de seu território, cerca de 300 mil km2 de cobertura de gelo – uma área do tamanho do Reino Unido. “Ao longo das últimas décadas, as atividades humanas e os efeitos das mudanças climáticas forçaram os cartógrafos do atlas a não só ‘apagar’ a cobertura de gelo, mas também a encolher mares e redesenhar rios”, explica Jethro Lennox, editor do Atlas.
Junto com a nova ilha, o atlas também apresenta novas mudanças geográficas causadas pelas mudanças climáticas. A Antártida continua perdendo gelo, assim como alguns lagos estão ficando mais secos; o nível do Mar Morto diminuiu 12 metros nos últimos 12 anos; o Mar de Aral, na Ásia Central, diminuiu 75% desde 1967, e só voltou a aumentar após o governo do Cazaquistão redirecionar água para a região; e muitos rios estão secando no mundo, como o rio Colorado, nos Estados Unidos, e o rio Ongyin Gol, na Mongólia.
Fonte: Revista Época
domingo, 18 de setembro de 2011
Separe o lixo e acerte na lata (pet)
Uma simples garrafa PET, após passar por um processo de reciclagem, pode se transformar em tecidos vassouras, madeiras plásticas e até casco de barco. Você tem um papel importante nessa história: coloque os plásticos, papéis, vidros e metais no lixo seco. Separados dos restos de alimentos e outros materiais orgânicos, no lixo úmido. Isso facilita o trabalho dos catadores, gera empregos e poupa os recursos naturais. Mude de atitude. Separe o lixo e acerte na lata.
Células-tronco podem salvar rinoceronte-branco-do-norte
Cientistas nos EUA anunciaram ter produzido células-tronco de rinoceronte-branco-do-norte e de um macaco africano. A pesquisa pode ajudar a garantir a sobrevivência das duas espécies que estão ameaçadas de extinção.
Os cientistas relatam, na publicação "Nature Methods", que as células-tronco poderão ser transformadas em diferentes tipos de células do corpo dos animais. Se forem convertidas em óvulos e esperma, "filhotes de proveta" também seriam desenvolvidos.
As aplicações ainda estão projetadas para um futuro distante, mas a chefe da equipe de pesquisa, Jeanne Loring, disse que os estudiosos ficaram especialmente entusiasmados com os resultados obtidos com as células do rinoceronte, que superaram as expectativas.
As células-tronco foram feitas a partir da pele dos animais, em um processo de "reprogramação" --nele, o retrovírus e outras ferramentas da biologia celular moderna são usados para devolver as células a um estágio prévio de desenvolvimento.
Nesse estágio, as células são "pluripotentes", ou seja, podem ser induzidas a formar diferentes tipos de células específicas, como neurônios e cartilagens.
Os procedimentos em questão dependem muito de tentativas e erros, e os pesquisadores esperavam êxitos nos feitos com o macaco africano (chamado de drill), pelo histórico de experimentos prévios feitos com primatas.
APLICAÇÕES MEDICINAIS
As aplicações iniciais da pesquisa devem ser medicinais. No caso de animais sofrendo de doenças degenerativas, como diabetes, as células-tronco podem, em tese, vir a ser substitutas de células que estão perdendo suas funções.
Estudos que partem dessa premissa já estão em curso em humanos, para combater problemas como falência cardíaca, cegueira, derrames e lesões na espinha dorsal --ainda que o uso prático de tais pesquisas seja tema de debates.
Uma ideia que empolga os cientistas é criar embriões ao induzir células-tronco a fazer óvulos e esperma.
"Fazer gametas [células reprodutivas] a partir de células-tronco ainda não é algo rotineiro, mas há relatos de que isso esteja sendo feito com animais em laboratórios", prosseguiu Loring.
Ela crê que a técnica é mais promissora do que a de clonagem de animais ameaçados, por ter uma taxa de sucesso maior. "Você tem a possibilidade de fazer novas combinações genéticas, em vez de clonar, que apenas reproduz animais já existentes."
"ÚLTIMO ESFORÇO"
O cientista conservacionista Robert Lacy, da Sociedade Zoológica de Chicago, disse que a técnica pode, algum dia, tirar algumas espécies do risco de extinção, mas que ainda há muito trabalho a ser feito.
"As perspectivas para o uso desses métodos, de dar continuidade à linhagem dos últimos indivíduos de algumas espécies, será um último esforço, após termos falhado em proteger esses animais de maneiras prévias, mais simples e eficientes", afirmou Lacy.
Esse é o caso, ele diz, do rinoceronte-branco-do-norte, existente na África e ameaçado pela caça ilegal.
Três anos atrás, a população selvagem da espécie estava reduzida a apenas quatro indivíduos que habitavam um parque nacional na República Democrática do Congo. Expedições recentes sequer conseguiram localizar esse pequeno grupo.
Dessa forma, é possível que sete rinocerontes-brancos-do-norte enjaulados sejam os últimos representantes da espécie no planeta.
Já o primata drill (Mandrillus leucophaeus) também está com uma população declinante na Nigéria e em Camarões, principalmente por causa da caça e por perda de habitat.
As pesquisas de células-tronco têm unido cientistas conservacionistas e de laboratório --caso de Jeanne Loring, que chefia o Centro de Medicina Regenerativa no Instituto de Pesquisas Scripps, na Califórnia.
Seu objetivo imediato é replicar o trabalho desenvolvido com o rinoceronte em outras dez espécies de animais ameaçadas, incluindo uma de elefante.
Fonte: Folha.com
Os cientistas relatam, na publicação "Nature Methods", que as células-tronco poderão ser transformadas em diferentes tipos de células do corpo dos animais. Se forem convertidas em óvulos e esperma, "filhotes de proveta" também seriam desenvolvidos.
As aplicações ainda estão projetadas para um futuro distante, mas a chefe da equipe de pesquisa, Jeanne Loring, disse que os estudiosos ficaram especialmente entusiasmados com os resultados obtidos com as células do rinoceronte, que superaram as expectativas.
As células-tronco foram feitas a partir da pele dos animais, em um processo de "reprogramação" --nele, o retrovírus e outras ferramentas da biologia celular moderna são usados para devolver as células a um estágio prévio de desenvolvimento.
Nesse estágio, as células são "pluripotentes", ou seja, podem ser induzidas a formar diferentes tipos de células específicas, como neurônios e cartilagens.
Os procedimentos em questão dependem muito de tentativas e erros, e os pesquisadores esperavam êxitos nos feitos com o macaco africano (chamado de drill), pelo histórico de experimentos prévios feitos com primatas.
APLICAÇÕES MEDICINAIS
As aplicações iniciais da pesquisa devem ser medicinais. No caso de animais sofrendo de doenças degenerativas, como diabetes, as células-tronco podem, em tese, vir a ser substitutas de células que estão perdendo suas funções.
Estudos que partem dessa premissa já estão em curso em humanos, para combater problemas como falência cardíaca, cegueira, derrames e lesões na espinha dorsal --ainda que o uso prático de tais pesquisas seja tema de debates.
Uma ideia que empolga os cientistas é criar embriões ao induzir células-tronco a fazer óvulos e esperma.
"Fazer gametas [células reprodutivas] a partir de células-tronco ainda não é algo rotineiro, mas há relatos de que isso esteja sendo feito com animais em laboratórios", prosseguiu Loring.
Ela crê que a técnica é mais promissora do que a de clonagem de animais ameaçados, por ter uma taxa de sucesso maior. "Você tem a possibilidade de fazer novas combinações genéticas, em vez de clonar, que apenas reproduz animais já existentes."
"ÚLTIMO ESFORÇO"
O cientista conservacionista Robert Lacy, da Sociedade Zoológica de Chicago, disse que a técnica pode, algum dia, tirar algumas espécies do risco de extinção, mas que ainda há muito trabalho a ser feito.
"As perspectivas para o uso desses métodos, de dar continuidade à linhagem dos últimos indivíduos de algumas espécies, será um último esforço, após termos falhado em proteger esses animais de maneiras prévias, mais simples e eficientes", afirmou Lacy.
Esse é o caso, ele diz, do rinoceronte-branco-do-norte, existente na África e ameaçado pela caça ilegal.
Três anos atrás, a população selvagem da espécie estava reduzida a apenas quatro indivíduos que habitavam um parque nacional na República Democrática do Congo. Expedições recentes sequer conseguiram localizar esse pequeno grupo.
Dessa forma, é possível que sete rinocerontes-brancos-do-norte enjaulados sejam os últimos representantes da espécie no planeta.
Já o primata drill (Mandrillus leucophaeus) também está com uma população declinante na Nigéria e em Camarões, principalmente por causa da caça e por perda de habitat.
As pesquisas de células-tronco têm unido cientistas conservacionistas e de laboratório --caso de Jeanne Loring, que chefia o Centro de Medicina Regenerativa no Instituto de Pesquisas Scripps, na Califórnia.
Seu objetivo imediato é replicar o trabalho desenvolvido com o rinoceronte em outras dez espécies de animais ameaçadas, incluindo uma de elefante.
Fonte: Folha.com
Óleo de coco e luz solar vão gerar energia para ilha do Pacífico
A praticamente desconhecida ilha de Toquelau, no território da Polinésia, será abastecida com eletricidade gerada por 93% de luz solar e o restante com óleo de coco.
O plano, anunciado pelo governo local, deve ser colocado em prática até meados de 2012 e prevê o uso combinado de baterias que vão armazenar energia para ser usada à noite.
A proposta é que somente veículos motorizados e alguns equipamentos de cozinha utilizem combustível fóssil.
Toquelau, que pertence administrativamente à Nova Zelândia, é uma pequena ilha do Pacífico Sul onde há apenas 1.500 habitantes.
A queima de combustível fóssil colabora com o aquecimento global e o aumento do nível do oceano, tornando Toquelau vulnerável.
Com o ponto mais alto da ilha a irrisórios 5 metros acima do solo, a ilha pode ser invadida pelo mar.
Fonte: Folha.com
O plano, anunciado pelo governo local, deve ser colocado em prática até meados de 2012 e prevê o uso combinado de baterias que vão armazenar energia para ser usada à noite.
A proposta é que somente veículos motorizados e alguns equipamentos de cozinha utilizem combustível fóssil.
Toquelau, que pertence administrativamente à Nova Zelândia, é uma pequena ilha do Pacífico Sul onde há apenas 1.500 habitantes.
A queima de combustível fóssil colabora com o aquecimento global e o aumento do nível do oceano, tornando Toquelau vulnerável.
Com o ponto mais alto da ilha a irrisórios 5 metros acima do solo, a ilha pode ser invadida pelo mar.
Fonte: Folha.com
Contaminação mata 3 t de peixes em rio de SP, diz bióloga
A contaminação do rio Pardo por material orgânico concentrado entre Morro Agudo e Jaborandi, na semana passada, pode ter matado pelo menos 3 toneladas de peixes e espécies que vivem também no rio Grande, em Colômbia, na região de Barretos (423 km de São Paulo).
A afirmação é da bióloga Maria Inácia Freitas, interlocutora em Colômbia do projeto Município Verde Azul, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Ela irá encaminhar o caso ao Ministério Público Estadual.
O rio Pardo deságua no Grande depois de atravessar a região noroeste do Estado. Na semana passada, um trecho do rio foi contaminado por um lançamento pontual de efluentes, segundo Davi Faleiros, gerente regional da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
Ontem, ele recebeu dados preliminares do laudo que investiga as causas e disse que um caminhão pode ter despejado o resíduo. Só que, para a Cetesb, a mortandade ocorreu num trecho de 1 km do Pardo e teria matado até mil peixes.
PEIXES EM EXTINÇÃO
No entanto, a bióloga afirmou ter percorrido cerca de 10 km de barco no final de semana e constatado um volume maior de peixes mortos, entre eles espécies em extinção, como o jaú.
"Encontramos peixes grandes, de até 50 kg, e também filhotes. A situação deve se normalizar somente em cinco anos", afirmou.
Sobre a contagem da bióloga, Faleiros disse que a Cetesb não tem como refutá-la nem comprová-la.
A Folha percorreu o mesmo trecho ontem, e constatou as consequências para o Grande do despejo irregular do material orgânico. Com o nível do rio baixando, os peixes mortos começaram a aparecer na superfície.
Uma grande quantidade deles ainda está no local e, em sua maior parte, nas margens do rio Grande.
Pescadores ouvidos pela reportagem relataram ter sentido forte cheiro de álcool na água na semana passada, e a Cetesb não descarta que o material despejado irregularmente seja vinhaça.
O problema afeta pelo menos cem famílias de Colômbia, que vivem exclusivamente da atividade da pesca, segundo Maria Inácia. O município tem 5.000 habitantes.
"É um problema também social que a cidade terá que enfrentar", afirmou.
Sérgio Cordeiro de Souza, proprietário de uma pousada em Colômbia que recebe pescadores da região nos finais de semana, teme que o acidente ambiental afete o movimento dos clientes.
OUTRO LADO
A Cetesb informou que o rio Grande não foi afetado pelos efluentes lançados no Pardo. Dados preliminares do laudo que está sendo elaborado por técnicos do órgão de Barretos, Ribeirão Preto e Jaboticabal apontam que a água não foi contaminada por pesticidas ou qualquer outro produto químico.
"Os peixes que chegaram [ao rio Grande] são do Pardo e foram levados pela corrente da água", afirmou Davi Faleiros, da Cetesb em Barretos. Segundo ele, não será fácil identificar o responsável porque foi um lançamento pontual, feito na altura da ponte da rodovia SP-373.
A carga baixou o nível de oxigênio da água: o coletor marcou 0,20 mg/l, enquanto a taxa considerada aceitável varia entre 4 e 8 mg/l.
Fonte - saiba mais: Folha.com
A afirmação é da bióloga Maria Inácia Freitas, interlocutora em Colômbia do projeto Município Verde Azul, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Ela irá encaminhar o caso ao Ministério Público Estadual.
O rio Pardo deságua no Grande depois de atravessar a região noroeste do Estado. Na semana passada, um trecho do rio foi contaminado por um lançamento pontual de efluentes, segundo Davi Faleiros, gerente regional da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
Ontem, ele recebeu dados preliminares do laudo que investiga as causas e disse que um caminhão pode ter despejado o resíduo. Só que, para a Cetesb, a mortandade ocorreu num trecho de 1 km do Pardo e teria matado até mil peixes.
PEIXES EM EXTINÇÃO
No entanto, a bióloga afirmou ter percorrido cerca de 10 km de barco no final de semana e constatado um volume maior de peixes mortos, entre eles espécies em extinção, como o jaú.
"Encontramos peixes grandes, de até 50 kg, e também filhotes. A situação deve se normalizar somente em cinco anos", afirmou.
Sobre a contagem da bióloga, Faleiros disse que a Cetesb não tem como refutá-la nem comprová-la.
A Folha percorreu o mesmo trecho ontem, e constatou as consequências para o Grande do despejo irregular do material orgânico. Com o nível do rio baixando, os peixes mortos começaram a aparecer na superfície.
Uma grande quantidade deles ainda está no local e, em sua maior parte, nas margens do rio Grande.
Pescadores ouvidos pela reportagem relataram ter sentido forte cheiro de álcool na água na semana passada, e a Cetesb não descarta que o material despejado irregularmente seja vinhaça.
O problema afeta pelo menos cem famílias de Colômbia, que vivem exclusivamente da atividade da pesca, segundo Maria Inácia. O município tem 5.000 habitantes.
"É um problema também social que a cidade terá que enfrentar", afirmou.
Sérgio Cordeiro de Souza, proprietário de uma pousada em Colômbia que recebe pescadores da região nos finais de semana, teme que o acidente ambiental afete o movimento dos clientes.
OUTRO LADO
A Cetesb informou que o rio Grande não foi afetado pelos efluentes lançados no Pardo. Dados preliminares do laudo que está sendo elaborado por técnicos do órgão de Barretos, Ribeirão Preto e Jaboticabal apontam que a água não foi contaminada por pesticidas ou qualquer outro produto químico.
"Os peixes que chegaram [ao rio Grande] são do Pardo e foram levados pela corrente da água", afirmou Davi Faleiros, da Cetesb em Barretos. Segundo ele, não será fácil identificar o responsável porque foi um lançamento pontual, feito na altura da ponte da rodovia SP-373.
A carga baixou o nível de oxigênio da água: o coletor marcou 0,20 mg/l, enquanto a taxa considerada aceitável varia entre 4 e 8 mg/l.
Fonte - saiba mais: Folha.com
Brasil terá feijão transgênico em 2014
A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou ontem a primeira semente de feijão transgênico para cultivo no país. Ela deve estar disponível para o plantio em 2014.
Desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a variedade transgênica é a primeira totalmente produzida por uma instituição pública.
O feijão geneticamente modificado é resistente ao vírus do mosaico dourado, um dos principais inimigos dos agricultores. Estima-se que essa praga provoque a perda de 90 mil a 280 mil toneladas de feijão por ano --o país produz 3,5 milhões de toneladas.
"Na média, a perda seria suficiente para alimentar 10 milhões de pessoas", diz Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pelo projeto.
A nova tecnologia pode, portanto, resultar em maior oferta de feijão no país e oscilações menos bruscas de preço ao consumidor.
O feijão foi um dos vilões da inflação em 2010 e a previsão é que a alta se repita nos próximos meses.
A adoção da semente transgênica pelo agricultor também pode diminuir o número de aplicações de inseticidas, o que resultará em economia de custo e aumento na renda do produtor.
Segundo Aragão, a semente transgênica deve ser vendida por valor próximo ao da convencional, pois não haverá cobrança de royalties.
POLÊMICA
A CTNBio aprovou o feijão transgênico por 15 votos a favor, duas abstenções e cinco pedidos de diligência (necessidade de complementação). Mas o debate sobre o tema deve continuar acalorado.
Com posição contrária à liberação, Darci Frigo, coordenador da ONG Terra de Direitos, pretende levar o caso à Justiça Federal, pois considera que houve irregularidades no processo de aprovação.
"Não foram realizados testes suficientes para garantir a segurança do produto. Esse é um assunto sério, pois envolve a alimentação básica do brasileiro", afirma.
O Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), órgão que assessora a Presidência da República, também se opõe à aprovação da semente.
"Não foi seguido o princípio da precaução, de que é melhor obter estudos mais avançados antes do plantio comercial", diz Renato Maluf, presidente do Consea.
Segundo Aragão, foram realizados testes de 2004 a 2010 em todos os ecossistemas onde o feijão comum é cultivado. "Temos convicção de que não há danos à saúde e também não identificamos diferenças nos fatores nutricionais mais importantes, como ferro e proteínas", diz.
Fonte: Folha.com
Desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a variedade transgênica é a primeira totalmente produzida por uma instituição pública.
O feijão geneticamente modificado é resistente ao vírus do mosaico dourado, um dos principais inimigos dos agricultores. Estima-se que essa praga provoque a perda de 90 mil a 280 mil toneladas de feijão por ano --o país produz 3,5 milhões de toneladas.
"Na média, a perda seria suficiente para alimentar 10 milhões de pessoas", diz Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pelo projeto.
A nova tecnologia pode, portanto, resultar em maior oferta de feijão no país e oscilações menos bruscas de preço ao consumidor.
O feijão foi um dos vilões da inflação em 2010 e a previsão é que a alta se repita nos próximos meses.
A adoção da semente transgênica pelo agricultor também pode diminuir o número de aplicações de inseticidas, o que resultará em economia de custo e aumento na renda do produtor.
Segundo Aragão, a semente transgênica deve ser vendida por valor próximo ao da convencional, pois não haverá cobrança de royalties.
POLÊMICA
A CTNBio aprovou o feijão transgênico por 15 votos a favor, duas abstenções e cinco pedidos de diligência (necessidade de complementação). Mas o debate sobre o tema deve continuar acalorado.
Com posição contrária à liberação, Darci Frigo, coordenador da ONG Terra de Direitos, pretende levar o caso à Justiça Federal, pois considera que houve irregularidades no processo de aprovação.
"Não foram realizados testes suficientes para garantir a segurança do produto. Esse é um assunto sério, pois envolve a alimentação básica do brasileiro", afirma.
O Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), órgão que assessora a Presidência da República, também se opõe à aprovação da semente.
"Não foi seguido o princípio da precaução, de que é melhor obter estudos mais avançados antes do plantio comercial", diz Renato Maluf, presidente do Consea.
Segundo Aragão, foram realizados testes de 2004 a 2010 em todos os ecossistemas onde o feijão comum é cultivado. "Temos convicção de que não há danos à saúde e também não identificamos diferenças nos fatores nutricionais mais importantes, como ferro e proteínas", diz.
Fonte: Folha.com
Aquecimento do mar na Europa aumenta número de peixes
O aquecimento do mar causado pelas mudanças climáticas pode ser benéfico para algumas espécies de peixes e negativo para outras.
É isso que mostra um trabalho publicado nesta sexta-feira na revista "Current Biology".
Cientistas britânicos analisaram a evolução da população de peixes no nordeste do oceano Atlântico (na Europa), a partir de uma revisão de onze estudos publicados.
Os dados mostram que pelo menos 72% das espécies da região sofreram alterações populacionais significativas.
Dessas, três em cada quatro tiveram aumento da quantidade com o aquecimento nas últimas três décadas. As outras tiveram redução.
"As espécies mais ao sul, adaptadas às águas quentes, estão se ajustando melhor do que os peixes que habitam o norte", disse Stephen Simpson, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Um exemplo é o bacalhau, peixe amante do frio: sua população caiu pela metade nas últimas três décadas.
O nordeste do Atlântico, que reúne cerca de 100 milhões de peixes, segundo estimativas, tem sido descrito como um "caldeirão das mudanças climáticas". Isso porque as elevações de temperatura na região podem chegar a quatro vezes a média mundial.
De acordo com Simpson, a temperatura das águas tem grande influência na maturação dos ovos dos peixes, no crescimento e na sobrevivência das larvas e na manutenção do fitoplâncton --camada de algas que é base da alimentação de muitas espécies.
Fonte: Folha.com
É isso que mostra um trabalho publicado nesta sexta-feira na revista "Current Biology".
Cientistas britânicos analisaram a evolução da população de peixes no nordeste do oceano Atlântico (na Europa), a partir de uma revisão de onze estudos publicados.
Os dados mostram que pelo menos 72% das espécies da região sofreram alterações populacionais significativas.
Dessas, três em cada quatro tiveram aumento da quantidade com o aquecimento nas últimas três décadas. As outras tiveram redução.
"As espécies mais ao sul, adaptadas às águas quentes, estão se ajustando melhor do que os peixes que habitam o norte", disse Stephen Simpson, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Um exemplo é o bacalhau, peixe amante do frio: sua população caiu pela metade nas últimas três décadas.
O nordeste do Atlântico, que reúne cerca de 100 milhões de peixes, segundo estimativas, tem sido descrito como um "caldeirão das mudanças climáticas". Isso porque as elevações de temperatura na região podem chegar a quatro vezes a média mundial.
De acordo com Simpson, a temperatura das águas tem grande influência na maturação dos ovos dos peixes, no crescimento e na sobrevivência das larvas e na manutenção do fitoplâncton --camada de algas que é base da alimentação de muitas espécies.
Fonte: Folha.com
domingo, 26 de junho de 2011
Os interesses por trás das hidrelétricas da Amazônia
O governo federal tem um plano ambicioso para Rondônia. E não se trata só das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em construção no Estado, com capacidade para gerar 6% da energia do Brasil. O arranjo é maior. Se tudo ocorrer conforme o projeto inicial, outras duas barragens serão erguidas ali. Além de uma hidrovia para ligar o país à Bolívia. O rio Madeira se transformaria num corredor importante de comércio para conectar o Brasil aos países da América do Sul. E abriria um canal – hoje inexistente – para escoar os grãos produzidos no vizinho e no Mato Grosso. A despeito da grandiosidade do projeto, pouca gente o conhece.
As hidrelétricas do rio Madeira sempre foram controversas. Primeiro porque alagam uma área de floresta e deslocam os ribeirinhos de suas casas. Segundo pelas próprias características do rio. O Madeira carrega em suas águas uma quantidade atípica de sedimentos, que pode prejudicar as usinas. Em épocas de cheia, arranca árvores de suas bordas e as leva correnteza abaixo (daí seu nome). Isso pode destruir as turbinas de geração. Quando o governo anunciou as hidrelétricas, os ambientalistas ficaram com os ânimos exaltados. As obras foram, inclusive, apontadas como o principal motivo da saída do governo da senadora Marina Silva (PV), então ministra do meio ambiente. Ela batia de frente com o Ministério de Minas e Energia ao discordar da construção sem critérios. E sua permanência se tornou insustentável diante da postura do governo de manter o plano.
Diante da polêmica, não interessava ao governo bancar sua decisão de erguer o complexo todo. Nem mesmo espalhar aos quatro ventos que, além de duas hidrelétricas, pretendia construir mais duas usinas – Abunã-Guayaramerín, na fronteira com a Bolívia, e a barragem Esperanza, já na Bolívia – e uma hidrovia (ver mapa). “O licenciamento de outras grandes obras geraria ainda mais atrito”, afirma o sociólogo Luis Fernando Novoa, professor da Universidade Federal de Rondônia. “A opção do governo foi separar o complexo hidrelétrico da hidrovia para facilitar o financiamento das obras e a formação do consórcio. E tentar conter uma crise política”.
As hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau fazem parte de um mega projeto de 12 países, Brasil incluído, para desenvolver a América do Sul. Seu nome é Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA). O objetivo é auto-explicativo. Ao conectar os países com obras de infra-estrutura (estradas de ferro, rodovias, hidrovias, usinas e linhas de transmissão), a possibilidade de crescimento se multiplica. A construção das usinas do Madeira é só o primeiro passo. As usinas, além de gerar energia, preveem eclusas para ampliar os trechos navegáveis do rio.
O rio Madeira já tem uma hidrovia. Seus 1.156 quilômetros ligam a capital Porto Velho ao porto de Itacoatiara, em Manaus. Dali para o oceano é um pulo. O problema é (literalmente) mais embaixo: o trecho de Porto Velho em direção à Bolívia. Há ali inúmeras cachoeiras, um empecilho à ampliação da estrada fluvial. As eclusas previstas nas quatro hidrelétricas resolveriam essa questão. E aumentariam o pedaço navegável para 4.200 quilômetros.
Dois setores, em especial, levariam vantagem com o mega projeto: o de soja e o de minérios. Se a hidrovia sair do papel, a capacidade de transporte de soja em 2015 pela Bolívia vai chegar a 50 milhões de toneladas ao ano. Segundo o Iirsa, os estados de Rondônia e Mato Grosso, que hoje produzem cerca de 3 milhões de toneladas do grão por ano, passariam a colher 28 milhões. Um aumento de mais de 800%. Na Bolívia, a expectativa de produção de grãos é de 24 milhões.
O transporte fluvial tem inúmeras vantagens em relação ao rodoviário e ferroviário. Por usar menos combustível, emite menos gases do efeito estufa e reduz a contribuição para as mudanças do clima. Também é mais econômico. O custo do transporte de carga por hidrovias no Brasil é entre 57% e 70% menor que o rodoviário, segundo a Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja). Mas construir uma hidrovia sem qualquer transparência e planejamento pode ser desastroso. Ao aumentar a pressão pela terra, o desmatamento explode. Assim como a briga pela posse e os crimes no campo. Esses custos estão longe de entrar na conta.
Leia mais: A usina que explodiu
Fonte: Revista Época
As hidrelétricas do rio Madeira sempre foram controversas. Primeiro porque alagam uma área de floresta e deslocam os ribeirinhos de suas casas. Segundo pelas próprias características do rio. O Madeira carrega em suas águas uma quantidade atípica de sedimentos, que pode prejudicar as usinas. Em épocas de cheia, arranca árvores de suas bordas e as leva correnteza abaixo (daí seu nome). Isso pode destruir as turbinas de geração. Quando o governo anunciou as hidrelétricas, os ambientalistas ficaram com os ânimos exaltados. As obras foram, inclusive, apontadas como o principal motivo da saída do governo da senadora Marina Silva (PV), então ministra do meio ambiente. Ela batia de frente com o Ministério de Minas e Energia ao discordar da construção sem critérios. E sua permanência se tornou insustentável diante da postura do governo de manter o plano.
Diante da polêmica, não interessava ao governo bancar sua decisão de erguer o complexo todo. Nem mesmo espalhar aos quatro ventos que, além de duas hidrelétricas, pretendia construir mais duas usinas – Abunã-Guayaramerín, na fronteira com a Bolívia, e a barragem Esperanza, já na Bolívia – e uma hidrovia (ver mapa). “O licenciamento de outras grandes obras geraria ainda mais atrito”, afirma o sociólogo Luis Fernando Novoa, professor da Universidade Federal de Rondônia. “A opção do governo foi separar o complexo hidrelétrico da hidrovia para facilitar o financiamento das obras e a formação do consórcio. E tentar conter uma crise política”.
As hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau fazem parte de um mega projeto de 12 países, Brasil incluído, para desenvolver a América do Sul. Seu nome é Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA). O objetivo é auto-explicativo. Ao conectar os países com obras de infra-estrutura (estradas de ferro, rodovias, hidrovias, usinas e linhas de transmissão), a possibilidade de crescimento se multiplica. A construção das usinas do Madeira é só o primeiro passo. As usinas, além de gerar energia, preveem eclusas para ampliar os trechos navegáveis do rio.
O rio Madeira já tem uma hidrovia. Seus 1.156 quilômetros ligam a capital Porto Velho ao porto de Itacoatiara, em Manaus. Dali para o oceano é um pulo. O problema é (literalmente) mais embaixo: o trecho de Porto Velho em direção à Bolívia. Há ali inúmeras cachoeiras, um empecilho à ampliação da estrada fluvial. As eclusas previstas nas quatro hidrelétricas resolveriam essa questão. E aumentariam o pedaço navegável para 4.200 quilômetros.
Dois setores, em especial, levariam vantagem com o mega projeto: o de soja e o de minérios. Se a hidrovia sair do papel, a capacidade de transporte de soja em 2015 pela Bolívia vai chegar a 50 milhões de toneladas ao ano. Segundo o Iirsa, os estados de Rondônia e Mato Grosso, que hoje produzem cerca de 3 milhões de toneladas do grão por ano, passariam a colher 28 milhões. Um aumento de mais de 800%. Na Bolívia, a expectativa de produção de grãos é de 24 milhões.
O transporte fluvial tem inúmeras vantagens em relação ao rodoviário e ferroviário. Por usar menos combustível, emite menos gases do efeito estufa e reduz a contribuição para as mudanças do clima. Também é mais econômico. O custo do transporte de carga por hidrovias no Brasil é entre 57% e 70% menor que o rodoviário, segundo a Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja). Mas construir uma hidrovia sem qualquer transparência e planejamento pode ser desastroso. Ao aumentar a pressão pela terra, o desmatamento explode. Assim como a briga pela posse e os crimes no campo. Esses custos estão longe de entrar na conta.
Leia mais: A usina que explodiu
Fonte: Revista Época
Etanol de mandioca pode levar energia a comunidades isoladas da Amazônia
Há 130 anos, o americano Thomas Edison, criador da lâmpada incandescente, construiu em Nova York o primeiro sistema de distribuição de energia elétrica do mundo. Graças a ele, no conforto de sua casa, você hoje desliza o dedo no interruptor num movimento quase automático e a luz se acende. Mais de um século depois da invenção de Edison, milhares de ribeirinhos da Amazônia ainda vivem sem eletricidade da rede. Para conseguir energia, usam geradores movidos a óleo diesel quando o dinheiro permite. A luz vem de lamparinas ou velas. A energia faz falta nas atividades mais triviais – e você só percebe sua necessidade real quando ela não está disponível.
Certa vez, em uma viagem à Amazônia, fiquei por alguns dias hospedada em uma comunidade cabocla que passa grande parte do tempo no escuro. Na casa da família Silva, eram em três: o pai, a mãe e uma menina de 14 anos. O pai transformava a mandioca em farinha no puxadinho ao lado da casa para fazer um troco. A força que girava os equipamentos de moagem vinha dos braços. Na falta de uma geladeira, a mãe conservava a carne do animal morto no sal. Uma prática comum ali para garantir o alimento dos próximos dias. A garota, do auge de sua vaidade adolescente, pintava-se à luz de um lampião. À noite, a família parava todas as atividades para acompanhar uma novela. Mas eles só podiam assistir ao desenrolar da trama enquanto havia combustível. Quando o óleo acabava, a cada três dias, a diversão acabava também.
A comunidade, claro, não tinha um posto de combustível na esquina. O diesel vinha da cidade mais próxima, a mais de quatro horas. A família também não tinha um carro para ir até lá. Dependia da boa vontade do motorista de ônibus de uma linha local para levar o gerador até a cidade. O moço passava na frente da casa pela madrugada. A mulher acordava, entregava a máquina e pedia para reabastecê-la. Dois dias depois, o gerador voltava cheio – e a família podia novamente se reunir em frente à televisão. Sempre com um déficit de dois capítulos da novela.
Em breve, a rotina dessas famílias que ainda vivem com mais de um século de atraso pode ficar mais fácil. Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Energia e Desenvolvimento Sustentável (Inedes) estão desenvolvendo um etanol de mandioca para abastecer os geradores da Amazônia. O projeto ainda está no início. Na próxima semana, eles vão começar a plantar quatro espécies do tubérculo na fazenda da Ufam. A ideia é construir uma pequena usina para transformar a mandioca em etanol até o final do ano. O projeto é uma iniciativa da Eletrobrás Amazonas Energia e teve investimentos de R$ 3,8 milhões. “Se der certo, vai ser o primeiro etanol de mandioca fabricado no Brasil”, afirma Rubem César Rodrigues Souza, coordenador do projeto pela Ufam. Além do ineditismo, o novo combustível pode revolucionar o fornecimento de energia para comunidades isoladas da Amazônia. E dar um pouco mais de conforto a famílias como a dos Silva.
Fonte: Revista Época
Tecnologias de baixo carbono são a solução para um planeta superlotado
Faltam pouco mais de três meses para a população mundial chegar ao inédito número de 7 bilhões de pessoas, segundo uma previsão da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais gente habitando a Terra significa um uso maior de água, alimentos, carros, roupas, casas… Uma lista quase infinita. E o planeta já se encontra estafado pelo consumo desenfreado.
Para amenizar os impactos de uma população que só cresce, os especialistas defendem dois caminhos. O primeiro é a redução do consumo. Quando usamos menos recursos naturais, diminuímos nossa pegada de carbono e, consequentemente, o potencial do temido aquecimento terrestre. O ponto central da mudança rumo a uma economia de baixo carbono é o consumidor. O segundo é a revolução tecnológica. As empresas terão de inovar na busca de soluções ambientais de baixo impacto. E de produtos adaptados a uma nova geração com consciência ecológica.
Essas ideias estão no livro “Toneladas sobre os ombros”, de Ernesto Cavasin Neto, da consultoria Price Waterhouse and Coopers. A publicação, uma análise profunda desta transformação que evolui junto do atual mercado de carbono, vai ser lançada pela Editora Schoba no próximo dia 30. No texto, a vida e comportamento de Santos Dumont é relacionada a ideias para a evolução do combate ao aquecimento global. Cavasin apresenta sugestões de como as empresas podem se preparar para esta nova economia de forma inovadora e definitiva.
Leia mais: 7 bilhões de consumidores, 1 planeta
Porque os assentamentos atraem madeireiros e carvoeiros ilegais
A sucessão de mortes no Pará mostra que há algo errado na estratégia de assentamentos extrativistas na Amazônia. Os assentados são jogados em áreas ricas em madeiras preciosas para madeireiras clandestinas e para carvoarias. Não têm assistência técnica nem financiamento adequado para desenvolverem atividades que geram renda e conservam as florestas. Não tem segurança também. Acabam nas mãos das serrarias. Os que resistem, são ameaçados. Em alguns casos, mortos.
A taxa de desmatamento dentro dos assentamentos é quatro vezes superior à taxa média da Amazônia. Um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), feito com assentamentos criados de 1997 a 2002, mostra que a média de destruição em 43% das áreas monitoradas foi de 75%. Um índice quase quatro vezes maior que os 20% permitidos por lei. “A falta de infra-estrutura nos assentamentos leva à devastação”, afirma Paulo Barreto, do Imazon. Dados do Incra mostram que apenas 30% dos assentamentos na Amazônia recebem investimentos como estradas, escolas e saúde. O restante das famílias vive abandonado na mata. A maioria em áreas de conflito, ameaçada por madeireiros ilegais e ladrões de terras.
Saiba mais clicando aqui: Revista Época
Mudar a cor da nuvem pode ajudar clima, afirmam cientistas
Mudar a cor das nuvens e injetar aerossóis nas camadas altas da atmosfera podem servir para o combate das mudanças climáticas, afirmaram especialistas internacionais em geoengenharia, convocados em Lima por um programa das Nações Unidas para discussão sobre o tema.
Essas novas tecnologias poderiam reduzir os níveis de radiação solar sobre a vida terrestre e diminuir os efeitos do aquecimento global, acrescentou.
Os cientistas pertencem ao IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU), organismo criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), cujo objetivo é propor medidas de mitigação para as mudanças climáticas.
O cientista Christopher Field, do Instituto Carnegie para a Ciência (EUA), disse na quarta-feira que uma das "tecnologias complexas" seria mudar a cor do brilho das nuvens. Outras mais simples incluem a semeadura de árvores.
Field afirmou que é preciso avaliar o impacto que a tecnologia poderia ter sobre o clima, os oceanos, as pessoas, os sistemas sobre o clima e os sistemas terrestres.
"Estamos nas etapas iniciais de um estudo sobre essas novas tecnologias, que poderiam ser úteis ou não para responder às mudanças climáticas", explicou.
Co-presidente do IPCC e catedrático da Universidade de Berna, na Suíça, Thomas Stocker informou que, entre os métodos modernos, também está a possibilidade de injetar aerossóis nas camadas altas da atmosfera e da estratosfera.
Outro cientista, Ottmar Edenhofer, do alemão Instituto Potsdam para a Pesquisa das Mudanças Climáticas, considerou que todas as ações devem ser analisadas para enfrentar o problema das variações climáticas.
Fonte: Folha.com
Essas novas tecnologias poderiam reduzir os níveis de radiação solar sobre a vida terrestre e diminuir os efeitos do aquecimento global, acrescentou.
Os cientistas pertencem ao IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU), organismo criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), cujo objetivo é propor medidas de mitigação para as mudanças climáticas.
O cientista Christopher Field, do Instituto Carnegie para a Ciência (EUA), disse na quarta-feira que uma das "tecnologias complexas" seria mudar a cor do brilho das nuvens. Outras mais simples incluem a semeadura de árvores.
Field afirmou que é preciso avaliar o impacto que a tecnologia poderia ter sobre o clima, os oceanos, as pessoas, os sistemas sobre o clima e os sistemas terrestres.
"Estamos nas etapas iniciais de um estudo sobre essas novas tecnologias, que poderiam ser úteis ou não para responder às mudanças climáticas", explicou.
Co-presidente do IPCC e catedrático da Universidade de Berna, na Suíça, Thomas Stocker informou que, entre os métodos modernos, também está a possibilidade de injetar aerossóis nas camadas altas da atmosfera e da estratosfera.
Outro cientista, Ottmar Edenhofer, do alemão Instituto Potsdam para a Pesquisa das Mudanças Climáticas, considerou que todas as ações devem ser analisadas para enfrentar o problema das variações climáticas.
Fonte: Folha.com
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