domingo, 17 de maio de 2009

Bioma em pé rende US$ 20 bi

Cálculo considera o mínimo que se pode obter de crédito de carbono com desmate evitado e reflorestamento.


SÃO PAULO - Manter o cerrado remanescente em pé e reflorestar as áreas degradadas do bioma podem render no mínimo US$ 20 bilhões (ou algo em torno de R$ 34 bilhões) em crédito de carbono. Esta é a estimativa de um estudo obtido com exclusividade pelo Estado e conduzido pelas ONGs Conservação Internacional (CI) e The Nature Conservancy, além da Universidade Federal de Goiás, que contabilizaram as vantagens de não desmatar.


Os pesquisadores chegaram a esse número após mapearem as regiões com cobertura vegetal abaixo da prevista pelo Código Florestal para o bioma (35% para as áreas de cerrado localizadas na Amazônia Legal, 30% no Piauí e 20% nas demais) e aquelas que mantêm a vegetação original acima desse limite.

A idéia era checar quanto é possível gerar de créditos de carbono em duas frentes: com o reflorestamento das áreas degradadas e com o desmate evitado das que se mantêm conservadas. E medir também quão eficiente o bioma é em seqüestrar carbono. "Sabemos que um cerrado maduro, em seu estado natural, é um verdadeiro dreno de carbono. Cada hectare é capaz de retirar até 2 toneladas de CO2 da atmosfera por ano. É mais do que o estimado para a Amazônia, de 1 t/ha, apesar de lá a biomassa ser maior", comenta o diretor do Programa Cerrado-Pantanal da CI, Ricardo Machado.

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