Um relatório divulgado hoje mostra que as mudanças no clima matam milhares de habitantes, principalmente nos países menos desenvolvidos.
As informações com os correspondentes, em Paris, Sônia Bridi e Paulo Zero.
Quando o ciclone Aila fez a água invadir as terras baixas de Bangladesh, esta semana, desalojou centenas de milhares de famílias e deixou 250 mortos e milhões sem ter o que comer, nem o básico para preparar comida.
As vítimas de Bangladesh, como as do Nordeste do Brasil, entram numa conta assustadora: 300 mil mortes, por ano, provocadas pela mudança climática.
Nove em cada dez mortos, estão nos países menos desenvolvidos e que, praticamente não emitem gases que provocam o efeito estufa.
O relatório do fórum humanitário global chega com o peso de 30 ganhadores do premio Nobel e alerta que em 20 anos o número de mortos vai dobrar assim como o de pessoas afetadas pelas mudanças climáticas.
Hoje são 325 milhões. Em 2030 serão 600 milhões, 10% da humanidade. A maioria sofre com a degradação do ambiente que leva à fome e o aumento das doenças.
Para fazer frente a esse desastre humanitário, os gastos com adaptação e socorro às comunidades mais pobres precisam ser multiplicados por 100, no mundo inteiro.
A apenas seis meses do encontro de Copenhague que deve determinar como as nações do mundo vão enfrentar o aquecimento global nas próximas décadas, o relatório põe uma face humana na tragédia da mudança climática.
O problema é que essa face é a dos países mais pobres e o poder de cortar as emissões, nas mãos dos ricos.
Fonte: g1.globo.com
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