sexta-feira, 29 de maio de 2009

Micos transgênicos passam gene alterado para os filhotes

Comprovação do fenômeno pode ajudar a criar comunidades de animais transgênicos para pesquisa


NOVA YORK - Cientistas demonstraram que macacos transgênicos podem passar o gene implantado para os filhotes, um importante avanço para a criação de animais com versões de doenças humanas, para pesquisa médica.

Embora pesquisadores já criem há tempos camundongos e outros animais transgênicos, dando-lhes material genético extra, os macacos oferecem uma oportunidade promissora de pesquisa médica, por conta de sua semelhança com seres humanos.

Cientistas já haviam implantado genes em macacos reso antes, mas o novo trabalho com micos é o primeiro a documentar que os macacos podem passar o gene inserido para as futuras gerações. Isso é importante porque abre caminho para a criação de colônias de macacos transgênicos por acasalamento, o que seria muito mais simples do que o trabalhoso processo de criar cada animal a partir do zero, inserindo genes em embriões.

O trabalho é descrito na edição desta quinta-feira, 28, da revista científica Nature, por pesquisadores do Instituto Central de Animais Experimentais do Japão.



Os pesquisadores esperam usar micos transgênicos para estudar condições como o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica, diz nota do instituto.

Para o estudo, os pesquisadores usaram um gene que faz os tecidos brilhares sob luz ultravioleta, como um modo simples de determinar a presença do gene. Eles puderam o trecho de DNA em um vírus que iria inseri-lo no código genético das células, e então injetaram o vírus em embriões de micos. Desses embriões nasceram cinco micos saudáveis. Todos mostraram evidência do gene.

Mais tarde, esses animais geraram um macho, por fertilização in vitro. O gene se mostrou ativo na pele do filhote.


Fonte: estadao.com.br

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