sábado, 30 de maio de 2009
Lei de Biossegurança
Entenda o que estipula a lei sobre os organismos geneticamente modificados.
1. O que a Lei de Biossegurança visa regulamentar?
2. Quando ela foi sancionada?
3. Para que fins é permitida a utilização de células-tronco produzidas a partir de embriões humanos?
4. Os institutos de pesquisa têm autonomia sobre suas pesquisas com as células embrionárias?
5. Que tipo de embriões podem ser utilizados em pesquisas?
6. A lei permite que o material produzido a partir destas células seja comercializado?
7. É a primeira lei do tipo no país?
8. A lei brasileira permite a clonagem humana?
9. O que diz o artigo da Constituição que os críticos das pesquisas com células embrionárias afirmam ir de encontro ao texto da Lei de Biossegurança?
10. Como funciona a legislação sobre o tema em outros países?
Saiba mais: veja.abril.com.br
A nova ameaça norte-coreana
1. É a primeira vez que a Coreia do Norte realiza um teste nuclear?
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Desastres climáticos afetam 300 mil habitantes no mundo
As vítimas de Bangladesh, como as do Nordeste do Brasil, entram numa conta assustadora: 300 mil mortes, por ano, provocadas pela mudança climática.
Nove em cada dez mortos, estão nos países menos desenvolvidos e que, praticamente não emitem gases que provocam o efeito estufa.
O relatório do fórum humanitário global chega com o peso de 30 ganhadores do premio Nobel e alerta que em 20 anos o número de mortos vai dobrar assim como o de pessoas afetadas pelas mudanças climáticas.
Para fazer frente a esse desastre humanitário, os gastos com adaptação e socorro às comunidades mais pobres precisam ser multiplicados por 100, no mundo inteiro.
A apenas seis meses do encontro de Copenhague que deve determinar como as nações do mundo vão enfrentar o aquecimento global nas próximas décadas, o relatório põe uma face humana na tragédia da mudança climática.
O problema é que essa face é a dos países mais pobres e o poder de cortar as emissões, nas mãos dos ricos.
Micos transgênicos passam gene alterado para os filhotes
NOVA YORK - Cientistas demonstraram que macacos transgênicos podem passar o gene implantado para os filhotes, um importante avanço para a criação de animais com versões de doenças humanas, para pesquisa médica.
Embora pesquisadores já criem há tempos camundongos e outros animais transgênicos, dando-lhes material genético extra, os macacos oferecem uma oportunidade promissora de pesquisa médica, por conta de sua semelhança com seres humanos.
Cientistas já haviam implantado genes em macacos reso antes, mas o novo trabalho com micos é o primeiro a documentar que os macacos podem passar o gene inserido para as futuras gerações. Isso é importante porque abre caminho para a criação de colônias de macacos transgênicos por acasalamento, o que seria muito mais simples do que o trabalhoso processo de criar cada animal a partir do zero, inserindo genes em embriões.
O trabalho é descrito na edição desta quinta-feira, 28, da revista científica Nature, por pesquisadores do Instituto Central de Animais Experimentais do Japão.
Os pesquisadores esperam usar micos transgênicos para estudar condições como o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica, diz nota do instituto.
Para o estudo, os pesquisadores usaram um gene que faz os tecidos brilhares sob luz ultravioleta, como um modo simples de determinar a presença do gene. Eles puderam o trecho de DNA em um vírus que iria inseri-lo no código genético das células, e então injetaram o vírus em embriões de micos. Desses embriões nasceram cinco micos saudáveis. Todos mostraram evidência do gene.
Mais tarde, esses animais geraram um macho, por fertilização in vitro. O gene se mostrou ativo na pele do filhote.
Fonte: estadao.com.br
sábado, 23 de maio de 2009
Esperança
Os três são os primeiros voluntários do país em um tratamento experimental que usa implante de células-tronco adultas para regenerar as células mortas pela doença. O método foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores ligados ao Departamento de Oftalmologia do Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto. Ainda não se sabe se funcionará, nem quando estará disponível.
A aplicação em humanos foi autorizada há 15 dias (notícia pubicada em 21.05.2009) pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), depois de testes positivos em camundongos e coelhos. Mais duas pessoas receberão ainda o implante. Todos os cinco pacientes serão monitorados por um ano.
Em princípio, o tratamento só atende pacientes com retinose pigmentar, doença hereditária que causa a perda gradual da visão. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia apontam que cerca de 40 mil pessoas sofrem com a doença no país (1 em 5.000).
"Escolhemos a retinose porque não há qualquer tratamento eficaz comprovado contra ela. Caso haja sucesso, o tratamento com células-tronco poderá ser aplicado também no combate a outras doenças de fundo de olho, como a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade", afirmou o oftalmologista Rubens Siqueira, de São José do Rio Preto, que fez os implantes das células, em cooperação com os pesquisadores do HC.
Apesar de não terem passado pelo primeiro exame pós-operatório detalhado, os três pacientes já submetidos ao tratamento passam bem. Antes do procedimento, eles assinaram termo de responsabilidade por efeitos colaterais, que podem incluir infecção e a perda total do globo ocular.
Fernandes, de Birigui (noroeste paulista), foi a primeira voluntária. No último dia 6, após anestesia local, ela teve injetadas em seus olhos as células-tronco que haviam sido retiradas dela mesma para evitar a rejeição. Depois de 12 dias, acima de todas as expectativas, ela relatou mais claridade na visão e conseguiu identificar a letra "E" impressa em um papel a 20 centímetros de seus olhos.
"Foram 18 anos de tratamento e nunca tive expectativa tão grande de recuperação", disse Fernandes, que já se tratou em Belo Horizonte e em Cuba.
Toledo e Lorenzon foram submetidos à cirurgia em Rio Preto há seis dias e também notaram pequenas diferenças na percepção de luz.
"Me parece que a claridade incide mais. Conversei com os outros pacientes e posso dizer que estamos todos muito empolgados", disse Lorenzon, professor aposentado, que sonha em voltar a tocar violão e tirar carteira de motorista.
Os três têm menos de 10% da visão e apresentaram os primeiros sinais da doença ainda crianças, entre 4 e 6 anos. No caso dos homens, a degeneração na retina comprometeu a visão periférica. A estudante tem o caso mais drástico.
Projetos evitam o desperdício de água
João Domingos
BRASÍLIA - Desde a década de 90, governos e sociedade vêm debatendo formas de conservar o que restou do cerrado, com a finalidade de buscar tecnologias embasadas no uso adequado dos recursos hídricos, na extração de produtos vegetais nativos, nos criadouros de animais silvestres, no ecoturismo, além de outras iniciativas que possibilitem um modelo de desenvolvimento sustentável da região.
Uma das entidades que mais se destacaram na luta pela preservação foi o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ipec), montado em 1998 em um sítio, em Pirenópolis, a 120 km ao norte de Goiânia.
"Tentamos preservar e recuperar o cerrado por intermédio da permacultura, um método de trabalho no qual usamos recursos do próprio terreno para armazenar e gerar o máximo possível de energia. Construímos casas com solo local, captamos água da chuva, tratamos nossa água utilizada e usamos sanitários secos. Essas são algumas de nossas tecnologias", conta Felipe Horst, do Ipec.
Para ele, as tecnologias mais relevantes para o bioma são as que buscam armazenar e poupar água ao máximo possível, já que na região o clima é definido com seis meses de chuva e seis de seca, ou até mais, visto que, nos últimos anos, a estação seca tem se prolongado.
O instituto ministra cursos durante todo o ano sobre as técnicas utilizadas. A permacultura foi criada pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren e, em resumo, significa cultura permanente.
Para poupar água, o Ipec só usa sanitário compostável, que transforma fezes humanas em adubo sem utilização de água no processo. "Água, só para lavar a mão", diz Horst. Após o período de seis meses em que as fezes ficam armazenadas no sol (compostagem), não lhes resta qualquer vestígio. O adubo resultado daí vai para os jardins, evitando-se o desperdício de aproximadamente dez litros de água por descarga. A tecnologia foi finalista do prêmio Tecnologia Social 2005, da Fundação Banco do Brasil.
Reutilização
Outra técnica usada e ensinada pelo Ipec em cursos é a da biorremediação. Por ela, a água utilizada em chuveiros e pias (conhecida como água cinza) passa por uma série de filtros naturais, compostos por plantas comuns, até ficar tão ou até mais limpa do que a original. Após a filtragem, a água é usada para irrigar hortas e jardins.
O instituto trabalha ainda com a captação de água da chuva em tanques. "Como enfrentamos seis meses de seca aqui no cerrado, é vital armazenarmos água", afirma Horst.
Durante a época chuvosa, o Ipec capta milhares de litros de água potável diretamente dos telhados dos seus imóveis, que são guardados em tanques lacrados. Feitos à base de ferro e cimento, esses reservatórios têm apenas dois centímetros de espessura e são a forma mais barata para armazenamento de líquido em quantidade.
Um tanque de 25 mil litros custa cerca de R$ 1 mil. E a água captada é a fonte de água potável para os seis meses de estiagem.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Por que o Brasil está na mira dos piratas e indústrias estrangeiras
Ou seja, a biopirataria é a prática ilegal de exploração, manipulação, exportação e comercialização de recursos biológicos de um país a outro. Brasil, Indonésia, China e Índia sofrem com esse processo descontrolado. Temos o título de maior biodiversidade mundial, e por isso nossa fauna e flora estão na mira dos biopiratas e indústrias estrangeiras. Uma tentativa de resolver problemas dessa exploração foi a criação, em 1992, da Convenção da Diversidade Biológica, que busca regulamentar os recursos biológicos e a sua comercialização.
Muitos contrabandistas se passam por turistas, cientistas bem intencionados e conseguem entrar em contato com integrantes de comunidades que passam todo o seu conhecimento aos interesseiros de plantão, perdendo o controle sobre os recursos gerados pelo seu conhecimento. Por aqui, a biopirataria se concentra, principalmente, na Amazônia e, ainda, na Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica.
A internet é um dos meios mais utilizados para a venda ilegal de animais silvestres. E a pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até R$ 5,5 mil por exemplar apreendido. De cada 10 animais traficados, nove morrem antes de chegar ao seu destino final.
A captura acontece em lugares em que há grande biodiversidade, como a região Norte, o Pantanal e o Nordeste — regiões pobres do ponto de vista sócio-econômico. Depois, o animal passa por vários intermediários até chegar aos grandes comerciantes que ficam no eixo Rio - São Paulo.
Se você quiser fazer uma denúncia, ligue para a linha Verde do IBAMA: 0800- 61 8080. Ou então, entre em contato com Rede Nacional contra o Tráfico de Animais Silvestres RENCTAS, pelo email renctas@renctas.org.br.
Prejuízo
Cálculos feitos, em 2006, pelo Ibama, mostram que o Brasil tinha um prejuízo diário de US$ 16 milhões graças à biopirataria internacional. As matérias primas e os produtos brasileiros saem daqui e são patenteados em outros países. Com isso, as empresas brasileiras não podem vender esses produtos no mercado internacional e, inclusive, são obrigas a pagar royalties para importá-los. Sem falar nas plantas nativas que saem ilegalmente do Brasil. São 20 mil extratos que saem por ano e que servem para fabricação de remédios.
A árvore (Carapa guianensis) é de grande porte, comum nas várzeas da Amazônia. O óleo e extrato de seus frutos foram registrados pela empresa francesa Yves Roches, no Japão, França, União Européia e Estados Unidos, em 1999. E pela empresa japonesa Masaru Morita, em 1999.
Planta (Pilocarpus pennatifolius) só encontrada no Brasil, o jaborandi tem sua patente registrada pela indústria farmacêutica alemã Merk, em 1991.
domingo, 17 de maio de 2009
Entenda o uso das células-tronco
Veja a animação no site do jornal O Estado de São Paulo clicando aqui: www.estadao.com.br
Bioma em pé rende US$ 20 bi
SÃO PAULO - Manter o cerrado remanescente em pé e reflorestar as áreas degradadas do bioma podem render no mínimo US$ 20 bilhões (ou algo em torno de R$ 34 bilhões) em crédito de carbono. Esta é a estimativa de um estudo obtido com exclusividade pelo Estado e conduzido pelas ONGs Conservação Internacional (CI) e The Nature Conservancy, além da Universidade Federal de Goiás, que contabilizaram as vantagens de não desmatar.
Os pesquisadores chegaram a esse número após mapearem as regiões com cobertura vegetal abaixo da prevista pelo Código Florestal para o bioma (35% para as áreas de cerrado localizadas na Amazônia Legal, 30% no Piauí e 20% nas demais) e aquelas que mantêm a vegetação original acima desse limite.
A idéia era checar quanto é possível gerar de créditos de carbono em duas frentes: com o reflorestamento das áreas degradadas e com o desmate evitado das que se mantêm conservadas. E medir também quão eficiente o bioma é em seqüestrar carbono. "Sabemos que um cerrado maduro, em seu estado natural, é um verdadeiro dreno de carbono. Cada hectare é capaz de retirar até 2 toneladas de CO2 da atmosfera por ano. É mais do que o estimado para a Amazônia, de 1 t/ha, apesar de lá a biomassa ser maior", comenta o diretor do Programa Cerrado-Pantanal da CI, Ricardo Machado.
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Expansão econômica vs. sustentabilidade
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ONU divulga textos para negociação de tratado climático
OSLO - A Organização das Nações Unidas (ONU) avançou em direção a um novo tratado climático nesta sexta-feira, 15, ao divulgar os primeiros textos para discussão a fim de superar as diferenças entre os países ricos com relação à redução nas emissões de gases estufa.
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Dois documentos com 68 páginas no total também dispuseram opções sobre assuntos controversos, como energia nuclear, comercialização de emissões, florestas, navegação ou aviação sob um novo pacto da ONU contra o aquecimento global, previsto para ser aprovado em Copenhague em dezembro.
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Cientistas de Cingapura transformam CO2 em biocombustível
CINGAPURA - Cientistas de Cingapura anunciaram a descoberta de uma forma de transformar o dióxido de carbono, o mais nocivo dos chamados gases do efeito estufa, em metanol, que não agride o meio ambiente. O método, segundo eles, demanda menos energia do que tentativas anteriores.
Cientistas do Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia de Cingapura disseram nesta quinta-feira (14/05/2009) que usaram catalisadores orgânicos para transformar o CO2 no biocombustível.
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Desmatar para produzir biocombustível piora clima, diz estudo
POZNAN, Polônia - O desmatamento de florestas tropicais para a produção de biocombustíveis é uma idéia ruim para o clima e reduz a diversidade da vida animal e vegetal, indicou um estudo divulgado na segunda-feira, 1º.
Plano federal prevê queda de 70% no desmatamento até 2018
Após três anos de queda, desmate na Amazônia volta a subir
Crise pode prejudicar atualização do Protocolo de Kyoto
Entenda a reunião sobre clima da ONU na Polônia
A evolução do desmatamento na Amazônia
"Manter as florestas tropicais intactas é uma forma melhor para se combater a mudança climática do que substituí-las por plantações para os biocombustíveis", disseram cientistas de sete países em um artigo na revista Conservation Biology.
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